Auxílio-Acidente

O auxílio-acidente é um beneficio previdenciário de caráter indenizatório, previsto no artigo 86 da Lei 8.213/91.
É devido ao trabalhador que passa por um acidente ou doença e fica com sequelas permanentes que reduzem a sua capacidade de trabalho habitual.
O que muitas pessoas não sabem é que qualquer tipo de acidente ou doença que ocasiona sequelas e reduz a capacidade do trabalhador para a atividade exercida habitualmente dá direito ao auxílio-acidente, e não só aquele ocasionado no exercício do trabalho.
O segurado que recebe o auxílio-acidente não precisa necessariamente parar de trabalhar, como ocorre com o auxílio-doença.
A concessão do auxílio-acidente ocorre após a avaliação pericial pelo INSS, ocasião em que o segurado deve levar todos os atestados e exames médicos relacionados ao acidente ou doença.
Caso haja a redução efetiva da capacidade laborativa e o INSS negue o benefício, é necessário ingressar com uma ação judicial.
Para requerer o benefício, é necessário ser trabalhador urbano, rural, doméstico ou avulso. Contribuintes individuais e facultativos, a princípio, não têm direito a esse benefício.
Resumindo, são quatro os requisitos para a concessão do beneficio de auxilio-acidente:
. qualidade de segurado;
. ter sofrido acidente de qualquer natureza;
. redução parcial e definitiva da capacidade para o trabalho habitual;
. relação entre o acidente e a redução da capacidade.
Salienta-se que a Lei não estabelece grau, índice ou percentual mínimo da incapacidade para que o trabalhador tenha direito ao auxilio-acidente.
Dessa forma, havendo limitação da capacidade de trabalho, ainda que em grau mínimo, é de direito o recebimento do beneficio.
A renda mensal inicial do auxílio-acidente corresponde a 50% do salário de benefício e independe de carência, ou seja, não há número mínimo de contribuições mensais necessárias à concessão deste benefício.
Para saber mais sobre o assunto, consulte um advogado especializado.
Reginaldo Hernandes – Advogado
15/12/2017